sexta-feira, 8 de junho de 2007
Até que a morte os separe? Inevitável!
Olhem com atenção para esta fotografia. Cliquem-lhe para verem uma versão ampliada.
Esta imagem, na minha opinião, tem tanto de bela como de deprimente!
O que me levou a tirar esta foto foi o contraste dos arames e a simetria da união. Encontrei estes arames numa ramada. Daquelas altas que formam um "telhado" de uvas e folhas e não das baixas como as da Bairrada ou do Douro.
O arame ferrugento simboliza um elemento corrupto, conspurcado, ignóbil, pútrido. O outro o elemento íntegro, puro, hígido, virgem. O que resulta da união dos dois? Mantêm-se os dois como estavam? Diluem-se, tornando-se o primeiro um pouco melhor e o segundo um pouco pior? Não! Reparem no arame novo, na zona de união...Começa a sua degradação! O primeiro continua a sua queda à mesma velocidade, começando a arrastar o outro consigo, sem dó. E não funciona nos dois sentidos!
Apesar disso a união mantem-se, forte. O elemento nobre assiste à sua degradação, o elemento vil assiste à queda do outro, mas a união mantem-se forte, inquebrável.
Eventualmente os dois estarão irrecuperáveis, mas a união...
...essa... mantem-se, forte, forte. Até à morte!
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